Baco Exu do Blues - Esú Songtexte

Sinto que os deuses têm medo de mim
Medo de mim
Metade homem, metade deus e os dois
Sentem medo de mim

Sinto que o mundo tem medo de mim
Medo de mim
Metade homem metade deus e os dois
Sentem medo de mim (2x)

Componho pra não me decompor
Poeta maldito perito na arte de Arthur Rimbaud
Garçom, traz outra dose, por favor
Que eu tô
Entre o Machado de Assis e de Xangô
Soneto de boêmia poesia melancolia
Eu sou do tempo onde poetas ainda faziam poesia
Saravá!
O canto de ossanha vem me matando
E quem canta os males espanta
Não tá mais adiantando
Aqui
Se escuta o batuque do trovão
Thor e seu martelo, Jorge e o seu dragão
Ciranda no céu, rave de tambor
Os deuses queriam chorar por amor (2x)

Sinto que os deuses têm medo de mim
Medo de mim
Metade homem metade deus e os dois
Sentem medo de mim

Sinto que o mundo tem medo de mim
Medo de mim
Metade homem metade deus e os dois
Sentem medo de mim (2x)

Medo de mim
Os deuses são
Poetas vadios
Cochilam na ilha da linha do traço sua caneta no cio
Tem um toque macio
Se encurvam na estrutura da cura do abraço
Já eu sou poesia tabaco e vinho
Dionísio e Baco sozinho
No mesmo espaço
Hórus fora do ninho
Abro o seu caminho
Eu sou o canto do mundo
E nesse canto do mundo eu me refaço
Dance com as musas entre os bosques e vinhedas
Nesse sertão veredas e sentir é um mar profundo
Nele me afundo até o fundo
Insatisfeito com o tamanho do mundo
Por isso o papel ficou pequeno
Escrevo em paredes
Em corpos na plebe
Na pele na linha tênue da epiderme
Da alma calma das linhas curvas das coxas de Vênus
Ao menos meu destino não está em um astro, casto
basta, basto
Astrólogos, diálogos diversos
Imerso no teor complexo
Que nos consome
A dor some ao ver que os deuses têm inveja dos
homens
O mundo é fruto da nossa imaginação
Será que somos deuses ou sua criação (2x)
Dieser text wurde 356 mal gelesen.