Autoramas - Digoró Songtexte

22:15, 22:15, boa noite...

No fliperama do centro meninos drogados fazem incessantes viagens
Liquidam naves inimigas, viajam em explosões azuis vermelhas
Um desses meninos, o garoto Digoró, um rato ligado, um ninja do lixo
vai mais longe e comete um rapto inesperado por qualquer outro ali dentro
Ele sequestra uma nave do fliperama que logo habita o céu de Taguatinga
Ele continua brincando de apertar os botões e de viajar em explosões azuis vermelhas

Ele se aproxima então do Cine Lara
Ele destrói o Cine Lara
Se aproxima do Cine Paranoir
Ele incendeia o Cine Paranoir
Uma japonesa do fotocubo
protege fitas de vídeo pornô
nas mangas do seu kimono de seda

Ele nota que sua nave está com problemas e se dirige pra Torre da TeleBrasília
Ele reabastece sua nave no pico da Torre da TeleBrasília
Nave reabastecida, e então, ele se prepara para mais um ataque mirabolante
com cenas de pânico e muito sangue praqueles olhinhos drogados vibrarem de prazer

Ele detona a Décima Segunda
Desintegra a Décima Sétima
Mãos ainda sujas, há uma hora lavada
Ele aciona o seu detector de rocãs (?)

Segundos depois, botas carbonizadas, pneus em chamas, gatilhos sem dedo, vidros quebrados
podem ser encontrados espalhados em algumas quadras da QNA (?)
O monitor ao lado transmite guerra urbana diretamente do setor O-P-3-norte-expansão 77

Membros do Druf Draus (?)
uma antiga gangue mutante que existiu há décadas
invadem as galerias do metrô
e sacrificam homens, mulheres e crianças fanáticas
que estavam pregando para aquela noite
a volta do Salvador
Digoró não interferiu

Enquanto isso, na parte sul da cidade, em frente à Orca veículos, dois camburões passeiam tranquilamente
Subitamente, os camburões são invadidos por uma estranha massa alaranjada
Os camburões começam a flutuar, os camburões estão flutuando
e são arremessados com extrema violência no terraço do Kingston Hotel
e explodem maravilhosamente em chamas
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