Eu morro e não vejo tudo, mas tudo que eu vejo morre
Então vou mata quem me mata pra não embaça meu corre
Inter-racial de volta, na pele de dois rapazes
Que correm pela justiça, podem nos chamar de azes
Da lei, que nos bolamos, já temos nosso plano.
Vamos tomar todos cantos e terminar com os prantos
De tantos que ainda clamam que choram e ainda nos chamam
Renasceremos das cinzas, as múmias de Tutancâmon
Nos becos dessa cidade ainda são todos anônimos
Enquanto formos números seremos atônitos
Todos hoje são antônimos, ninguém mais se conhece
Mas seremos sinônimos nessa vida terrestre
Independente de pestes e mortes que nos rodeiam
To pronto pra investida, então vamos da no meio
Sem medo, sem passo em falso, na terra dos indigentes
Sem muros e sem trincheiras, nós somos linha de frente
Nos quatro cantos da cidade, ecoara nosso som
Levando muita luz, tipo a luz do sol
Me da papel e caneta, que eu te mostro que to vivo
Levo o meu som, até o teu ouvido
Cada verso escrito é uma parte da minha vida
Sem expectativa, mais continuo na corrida
O sonho não virou pó, só tenho que concretizar
Se eu não conseguir, pelo menos vou tentar
Pra derrota eu não rendo a maldade já me cerca
Minha vida é um labirinto cheio de falsas promessas
Quem me curte (eu apoio), quem me odeia (eu nem ligo)
Faço som pra pensar e não pra fazer bonito
No intuito de vencer, nos seguimos no front
Mostrando a nossa cara por que aqui ninguém se esconde
Sem medo, sem passo em falso, na terra dos indigentes
Sem muros e sem trincheiras, nós somos linha de frente