La la la la la la
La la la la la la
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mais olha a consideração até depois do fim
Dois de novembro céu nublado carregado
Ao lado do túmulo, relembro o chegado
A garoa no meu rosto se mistura as lágrimas
A lembrança de vidas que foram arrancadas
Precocemente, a maioria inocentes ou não
Quem somos nós pra julgar derrubar um irmão
Cemitério lotado, parente revoltado
Quem foi disse que o crime adiantava o lado
Mas é assim o dinheiro fácil ilude
Faz nascer a ganância
E o seu lado mais rude
Patuções a esperança, a inocência, a decência
O ser humano é decadência, pede clemência
O socorro não chega
Milhares de vítimas todo dia na periferia
Alguém perde a vida
Deus seria um salvador, um pastor, um pecador
O mais puro amor, Jesus Cristo, nosso senhor
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mais olha a consideração até depois do fim
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mais olha a consideração até depois do fim
Dia de finados, flores, velórios ,cortejos, famílias
Delegacia obtuso, morte natural aqui não é tão mal
Parece mesmo uma comedia da vida real
Química pesada periferia armada
Construção do viaduto não utiliza da bala
Mas que nada, pensam que somos lixo
Jovens frustrados, escravos do vicio
Cemitério são Francisco, gaminha
Campo da esperança ou Planaltina
Vidas perdidas na batalha eterna
Corpos encontrados, vítimas da guerra
Você foi uma delas que hoje eu venho lembrar
Em sua memória acendo a vela para recordar
Meu irmão, um dia eu vou te encontrar
Infelizmente hoje, só resta uma cruz
Um caixão, rosas, orações a Jesus
Pra que em paz você possa descansar
E um dia de finados, pra vim te visitar
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mais olha a consideração até depois do fim
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mais olha a consideração até depois do fim
Quem me dera se meu verso fosse feliz
E meu poema alegre fizesse sorrir
Mas não meu irmão, os mortos não revivem
O ritmo é lento e a poesia é triste
Falar de morte, luto, cortejo, saudade
Pessoas que se foram por atos covardes
E por ingenuidade se envolveram na vida do crime
Melódia dramática, o som do sino no ringe
Não citar nome na letra, é só mais uma homenagem
Aos irmão da favela com nome escrito na lápide
Se hoje você chora a perda de alguém
Reze por sua alma, que deus o tenha, amém
Hoje só mais um dia a vida continua
Fica então a saudade e a música das ruas
Ande na procissão, aqui carrega um caixão
Ofereça na rádio, como se fosse oração
A letra escrita baseada em memórias
Em pessoas que tiveram o seu dia de glória
Lembrados ao som de Gugo Cashirima
E a voz do atitude feminina
Ah ah ah ah ah
Ah ah ah ah ah
Ah ah ah ah ah
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mais olha a consideração até depois do fim
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mais olha a consideração até depois do fim
La la la la la la la la
La la la la la la la la
La la la la la la la la
La la la la la la la la