Infelizes rastejam na planície vermelha exauridos, famintos, desvalidos
Urubus sobrevoam animais moribundos e crocitam suas presas em círculos negros
Palavras em desordem, num desvario sonoro, sobriedades instáveis, impenetráveis
E as faces embrutecem no flagelo do sol, peregrinar à nenhum lugar
Há escassa esperança quando o céu acinza
Mal a sede é saciada em estâncias desoladas
Não há quase vida alguma, só há restos do que lá fora não sobrou
Um jardim de plantas mortas, horizonte ofuscado pelo infortúnio do acaso
Resiliência no infértil da errância
Recrudescência no amargo da esperança