Outra semana trabalhando como um desgraçado.
Pela janela minha vida a desaparecer
e os sorrisos a minha volta me fazem querer morrer.
Um dia vou tocar fogo nessa merda e não vai sobrar nada...
Pela janela o computador, a máquina de escrever,
você e seu mundo fútil sem porra nenhuma a me dizer.
Eu não tenho nada a ver com seu narcisismo idiota...
eu não quero ser como você, um verme a cultivar gravatas,
status quo de merda...
Você não imagina o que eu tenho em mente quando digo bom dia...
Quando digo "sim, senhor" eu penso em te erguer pelo pescoço
e te ver mijar nas calças, seu filho da puta.
Como um carro bomba aguardo minha hora de explodir
e levar tudo comigo.
Pela janela o computador, a máquina de escrever,
você e seu universo megalomaníaco inútil.
O relógio marca incessante a hora.
Será que hoje eu estouro ou eu vou embora,
pra amanhã te imaginar rastejando só mais uma vez...
Eu não tenho nada a ver com seu narcisismo idiota...
eu não quero ser como você, um verme a cultivar gravatas,
status quo de merda...
Você não imagina o que eu guardei só pra você...