Voltei pra mesma estrada
E não estou tão diferente
Eu tento caminhar com o sol
Por onde eu passar
A gente espera ter alguém por perto
Ante as estrelas que não perdem brilho
Louco é aquele que conhece o amor
Mas prefere odiar
Gira mundo
Navega além
Quem sabe a gente se encontre
Em algum cais por aí
Gira o mundo
Navego além
Quem sabe a gente se encontre
Em algum cais por aí
Estou cansado e ainda assim
Meu coração não pesa
Se eu quero ter algum lugar tranquilo
Tenho de engendrar
Antes que o tempo roube a juventude
Antes que não haja mais tempo ao tempo
No fim das contas na memória
O sorriso é mais que a dor
O que eu vejo
Não dá pra te mostrar
Mas te digo o que provoca em mim
Ouça o tempo
Que passa como a luz
Aos sussurros desses dias frios
Gira mundo
Roda viva
Quem sabe a gente se encontre
Em algum cais por aí
Poema “Ampulheta”
Sábios são os segundos
Sensíveis sementes de tempo
Que metronomam a vida,
Do café ao travesseiro
Do passeio à rotina
Do compasso entre a quinze de novembro
E o começo do refrão
E o amor se torna o sacrifício que ninguém vê
Campeão e derrotado da sua própria jornada
O homem se esgota diante do espelho
Esquece que do tempo que tomou pra si
Nem mesma a sua vida lhe pertence