Já são quinze pras dez
E eu de mim não sei
Do táxi que levou
Do rumo que tomei
Entre os jornais
Em que altura
Na noite em que eu nasci havia um cão
Louco na rua
Enfim, eu acordei
E não há mais ninguém
Sentado rente ao chão
Ouvindo o som dos trens
Focos de luz
Vaga tontura
O filho que eu criei já superou
A minha altura
Já são quinze pras dez
Não sei de nada mais
Somente nos cafés
Nos nervos, nos jornais
Focos de luz
E o som das ruas
Na noite em que eu dormi havia um cão
Solto na rua
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