Nesta noite prateada,
Minha terna e doce amada,
A chamar-te insinua,
Nos acordes desta lira,
Que de amor geme e suspira,
Ante o arvor meigo da lua.
No rendado da neblina,
Mais parece uma cortina,
De uma festa de noivado,
A lua é a noiva bela,
Recostada na janela,
De um palácio constelado.
Desperta,
Vem matar o meu desejo,
A minhalma vaga incerta,
À procura do teu beijo,
Dileta,
Tu, formosa, e eu, poéta,
Quero por nos tristes versos meus,
As linhas dos beijos teus.
Intervalo:
Desperta,
Vem matar o meu desejo,
A minhalma vaga incerta,
À procura do teu beijo,
Dileta,
Tu, formosa e eu, poéta,
Quero por nos tristes versos meus,
As linhas dos beijos teus.