Ela não sabe dos meus sonhos
Das algarobas que escondo
Nas minhas águas
Ela não sabe dos meus medos
Eu já não conto nos dedos
As minhas mágoas
Eu sou açude
Que sangra de madrugada
Minha alma inquieta acordada
Extravasa agoniada
Ela não sabe dos meus versos
Dos desejos submersos
Do violão
Ela não sabe da sangria
E enquanto ela dormia
Fiz a canção
Eu sou açude
Que sangra de madrugada
Minha alma inquieta acordada
Extravasa agoniada
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