Guido na fila do banco
Já cansado de sempre esperar
Queria jogar tudo pro ar
No pranto
Agora cansou de ser santo
"calma", disse a si, "quero pensar"
O que quero eu nem sei onde está
Foi assim que ele seguiu
Do nada
Se mandou e ninguém viu
Um rapaz ele agrediu
Na estrada
Pegou sua moto e partiu
Passou noites de fome e de frio
E acordou com alguém pra acompanhar
Era um cavalo que beirava o mar
Iluminado andaluz
Partiram juntos para cavalgar
Tornar a busca para os dois
Um dia no interior
Foi num lar pedir café
Atrás da porta uma mulher
Maria
Buscou água pro alazão
Guido passou-lhe a mão
E ria
Se alimentou de corpo e pão
"adeus", disse ele ao avaliar
Ainda não era aquele lugar
Como um cowboy voltou a procurar
Sempre indo em direção ao sol
Talvez só por querer ou imaginar
Se era onde deveria estar
Foi olhando o pôr do sol
Que viu o andaluz partir
Com mais uma cicatriz
Sentiu o sol se afastar
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