Morte nua na calçada
Culpa da roupa que era decotada
Morre um padre em salvador
Falha do santo protetor
Morre um mendigo
Ele morreu de fome
Faz quase um mês
Que o coitado não come
E isso sem falar no suicídio
Que o incente cometeu
Lá dentro do presídio
Vidas mortas por quase nada
É a maldita lei
Que está nas mãos erradas
Morre um estudante
Pedindo justiça
Junto com seu professor
Um discreto comunista
Um cantor é convidado
A se exilar do brasil
Seu único crime
Foi cantar o covil
E tanta gente apanhou
E de repente sumiu
Seu único crime
Se negar ao covil
Mas hoje tudo é lindo
Você pode falar
Só não se iluda meu amigo
Ninguém vai te escutar
Frio e fome
Fome e frio
E a ditadura indireta mora no brasil
Nova república indireta mora no brasil
Constituinte indireta mora no brasil