Vida vivida nas linhas nas sombras da morte
Só chegando lá pra saber
Pra sobreviver aqui ce tem que ser forte
E quem for mais forte vai levar
Tive sorte lugar certo na hora certa
Sem jamais vacila quando a responsa aperta
Maldade flerta, luz alerta trem nos trilhos
Lutamos pela paz e pra um dia condição pros
Nossos filhos
Mais uma vez vou pra deixar cabelo em pé
Multas, dívidas, juras de amor
Entupindo os pensamentos do compositor
Mas eu vou me livrar, pra que me apegar
Não vou me entregar nessas bad, vou de encontro
Com as responsa lança com vinagre fere pela
Carne pela pele, morena no fim das tarde
Saudades do verão, meu fim só se for no caixão
Jão! Tão perdendo tempo falando e fazendo tão pouco
Mano, acorda pra cuspir pra ver se assim vira um troco
Ela me julga e me chama de louco
Falei pra não ir na ideia dos outro
Ela me julga me chama de louco
Andaram, viraram se as noites
Não vou insistir se não quiser entender
(Ela diz) tá achando que vai mudar o mundo assim
Andaram, viraram se as noites
Não vou insistir se não quiser entender
(Ela diz) tá achando que vai mudar o mundo assim
Sangue é a alma do corpo celeste
Mais um discípulo entre os mestres honrando
Suas vestes, prestes a emanar a revolta
O que se faz aqui não tem volta
Vai aparecer na sua frente porque o karma sempre cobra
Eu vim do fundo do poço, subi até as bordas
Eu sucumbi nessa volta, revi minha proposta
Conheci o mundo onde o comércio
Vale mais do que o colégio
Pra quem detém os privilégios levanto meu dedo médio
Me processe. Seus tribunais sãoo bacanais
Julgamentos sem fundamento
Seus funerais são festivais de lamentos
Me enterre num caixao vivo, vá, omita a verdade
Só vou pensar em longevidade lá pros oitenta de idade
Tranquilidade até lá eu não tô pensando no inverso
Eu tenho fé, por isso Deus é tão comum nos meus versos
Por isso peço a força do universo, bênção nesse dia
Menos tensão nesse dia, preste atenção na poesia
Por um mundo justo onde o pai
Paga a pensão das suas filhas
E onde o amor é opção e muitos pensam nessa trilha
Eu cai levantei e nos tamo vivo
Mas quem tava comigo
No início quando eu quis um incentivo?
Andaram, viraram se as noites
Não vou insistir se não quiser entender
(Ela diz) tá achando que vai mudar o mundo assim
Andaram, viraram se as noites
Não vou insistir se não quiser entender
(Ela diz) tá achando que vai mudar o mundo assim
São ideias póstumas
Logo após minha morte serão lógicas
Arrepia a alma, queima a carne, desembaça a ótica
Evapora as morais e as visões são sórdidas
Mediocridade e sua indiferença, irmão
Não foge do agravamento da trama
Vida crua, rua suja, eu mergulhei na lama
Ludibriando os canas
Mil fitas, mil dramas
Não sei se eu vou conseguir mudar o mundo
Mas meu mundo eu mudo
Eu não quero mais ver o pranto da minha coroa
A alma emana, a razão me chama
Não tem tempo nem de lamentar das coisas, falhas
Uso isso de força, uso isso de gana
Eu já nem peço, só agradeço na oração
Pela oportunidade à entidade
Deus, ogum ou brahma
E que se foda temer, trump, obama
Ela me disse que me apoia
Se eu for derrubar o império essa semana
Mano, é uma história mundana só pra boi dormir
Eu já nasci acordado
Eu quero é mais ver o curral em chamas
Andaram, viraram se as noites
Não vou insistir se não quiser entender
(Ela diz) tá achando que vai mudar o mundo assim
Andaram, viraram se as noites
Não vou insistir se não quiser entender
(Ela diz) tá achando que vai mudar o mundo assim
E o sangue pulsando e manchando as paginas
A mente insana, entre os rios de sangue e lágrimas
Imagina a situação dos deuses
Mas eu pensei mil vezes, irmão
Nessas bad entre essas máquinas!
Vai que nas esquinas mais tensas águas internacionais
Num caos babilônico, entupindo o diafragma
De mãos dadas com as ilusões num rio de magmas
Solo vermelho do sangue
Que cai nas margens da sociedade
Diamantes pras gangues, artérias ardidas!
Ou vai ou não vai então ó, morena simpática
Me levou pro outro lado desse encontro numa brisa
De uma ilha asiática
O louco e a louca que fascina!
Virando a noite entre motivos
E promessas que me faz rimar!
Futuro e conforto pra minha família
O nega, hoje é o dia sentimento na vila
É o lucro do comando lá pra bagda
E eu quero ver quem vai aceitar essa condição
É pela carne, pelos ossos, pelos nossos, pela pele!
Fecharam as docas, e os meios de exportação
Veículos queimados pelas ruas da zl!
Põe no meu nome: Sacolas, distribuição
Porque hoje favela pede!
Eu vou cantar até depois de morrer
Sem ver ou sem querer de propósito
Os meninos nervosos é depósito
De químicas, líricas, quero cédulas, vulvas
Família e paz faz a boa pra nós